O secretário de Estado americano, John Kerry, desembarcou no sultanato de Omã nesta segunda-feira (14), para tentar reativar os esforços destinados a encerrar 19 meses de guerra no Iêmen.
Além da conjuntura regional e internacional, Kerry e o ministro omani das Relações Exteriores, Yussef Ben Alaui, abordaram o papel “pacífico” desempenhado pelo sultanato no conflito iemenita, segundo a agência oficial Ona.
Kerry também foi recebido pelo sultão Qabus para falar “do conflito no Iêmen e da necessidade urgente de encontrar um acordo político duradouro para aliviar o sofrimento da população iemenita”, indicou o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, John Kirby.
Esta será uma de suas últimas viagens como chefe do Departamento de Estado antes do fim do governo Obama, em 20 de janeiro próximo.
Kerry se esforçou para buscar uma solução para o conflito iemenita, que se tornou mais intenso com a intervenção em março de 2015 de uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita em apoio ao governo que luta contra os rebeldes xiitas pró-Irã.
Um dos poucos países do Golfo que tem boas relações com o Irã, Omã se ofereceu para mediar as conversas de paz, atualmente bloqueadas, entre os rebeldes e o governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, reconhecido pela comunidade internacional.
O sultanato também é a única monarquia do Golfo que não participa da coalizão árabe, apesar de ter boas relações com a Arábia Saudita.
No Iêmen, a guerra segue causando estragos. Nas últimas 24 horas, 13 civis morreram, entre eles uma criança, além de 14 rebeldes e três soldados em novos confrontos, relataram fontes militares.
A guerra deixou mais de sete mil mortos desde março de 2015 e provocou uma grave crise humanitária no país mais pobre da península arábica.