Kelzy Ecard volta às novelas em ‘Três Graças’ como a cuidadora de idosos Helga

Em bate-papo para IstoÉ Gente, atriz relembra sua trajetória na dramaturgia e celebra lançamentos no audiovisual

Divulgação/Nil Caniné.
Kelzy Ecard vivi a cuidadora de idosos Helga, em 'Três Graças'. Foto: Divulgação/Nil Caniné.

Kelzy Ecard acaba de chegar ao elenco de “Três Graças”, sucesso das 21h da Globo, do autor Aguinaldo Silva, para viver Helga, uma cuidadora de idosos contratada para substituir Claudia (Lorrana Mousinho) na casa da vilã Arminda (Grazi Massafera).

A entrada da nova personagem na trama não é um mero acaso. Além de ser contratada para cumprir o serviço da antiga funcionária, que sumiu do emprego após ter sido vítima de uma tentativa de crime, a estada de Helga na casa da “Dona Cobra” é cercada de intenções ocultas. É o que adianta a atriz, mas sem revelar as surpresas que vem por aí.

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Enquanto as emoções do folhetim não se intensificam, a artista celebra outras conquistas na dramaturgia. Ela está no elenco do filme “Caramelo”, que chegou ao top 5 mundial na Netflix, e vai rodar, em breve, o longa “Um Rio de Janeiro”, com direção de Ângelo Defanti. Outro  lançamento é o do filme “Borda do Mundo”, de Jó Sefarty, e a partir de fevereiro de 2026, ela já poderá ser vista no remake de “Dona Beija”, na Max.

Com 32 anos de carreira, Kelzy Ecard estreou no mundo artístico como atriz e assistente de direção no espetáculo, “Sermão da Quarta-Feira de Cinza”, de Moacir Chaves. De lá pra cá são mais de 30 peças e inúmeros prêmios e indicações. Em 1997 foi indicada ao Prêmio Mambembe de Melhor Atriz de Teatro Infantil por sua atuação em “Rapunzel”, adaptação e direção de Leonardo Simões. Já sua estreia na TV foi na minissérie “O Quinto dos Infernos”, em 2002, em uma pequena participação, mas sua estreia com personagem fixa em uma novela, foi em Segundo Sol” com a personagens Nice, que lhe rendeu diversas indicações e prêmios de atriz revelação, incluindo o Melhores do Ano do Domingão. Fez também Éramos Seis, com a personagem Genu e “Todas as flores”, como Dona Dequinha.

Em seu currículo constam dezenas de peças como “Rasga Coração”, dirigida por Dudu Sandroni  (Prêmio APTR de melhor atriz em papel coadjuvante) , “Um Violinista no Telhado”, com direção de Charles Möeller e Cláudio Botelho, “Breu”, que lhe rendeu em 2011 indicação ao Prêmio Shell de Melhor Atriz, “Incêndios” (prêmios APTR e Cenym) “Agonia do Rei”, “Meu Caro Amigo”, “Gota D’água”, “Tom na fazenda” (indicação ao APTR e conquistou Prêmio Cenym), entre outras. No cinema, fez curtas como “Lápis de cor”, dirigido por Alice Gomes e Oh, dirigido por Diogo Hoffer, onde conquistou alguns prêmios de melhor atriz coadjuvante; e longas, como“Maria do Caritó“ (premiada como melhor atriz coadjuvante no Festival da Lapa). No streaming, pode ser vista na Netflix em “Spectros” e nas séries “Shippados” e “Sob Pressão”, disponíveis no Globoplay.

Em bate-papo para IstoÉ Gente, a atriz fala sobre sua volta às novelas e conta um pouco de sua trajetória na dramaturgia.

 

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Você está voltando às novelas em “Três Graças”. O que pode adiantar desse trabalho?

Helga (nome da personagem) entra pra trabalhar na casa da Arminda, como substituta temporária da Claudia, cuidadora da noite. Ela tem um perfil rígido e carrega um mistério. Por ora, é só o que posso adiantar. 

Você tem 32 anos de trajetória artística e tem ganhado cada vez mais destaque nas produções. Como você percebe esse impulso que sua carreira ganhou?

Desde que eu fiz “Segundo Sol” (2018), novela de João Emanuel Carneiro, com direção de Dennis Carvalho, a minha carreira ganhou mais visibilidade. De lá pra cá, os convites para trabalhos em audiovisual aumentaram e tenho corrido atrás de honrar esses convites com alegria, empenho e gratidão. Porque a carreira de atriz não é fácil e quanto mais velhas ficamos, mas difícil se torna, então eu sei que sou privilegiada por ter meu trabalho visto e reconhecido. Conheço inúmeras atrizes maravilhosas que estão aí batalhando por uma oportunidade. Sou muito grata por poder viver do trabalho que tanto amo e respeito. 

Há pouco tempo, “Caramelo”, um filme do qual você participa, fez sucesso pelo mundo na Netflix. A que você atribui essa repercussão mundial?

O filme é lindo!!! Tem direção, equipe, elenco e história incríveis. E o Amendoim, esse cãozinho tão carismático! E fala de amor e superação. Acho que o filme traz aconchego e esperança pra gente, nesse mundo tão caótico e complicado que estamos vivendo. Talvez seja isso tudo e mais um pouco que não sei explicar. O que sei é que todo mundo que fez Caramelo deu o seu melhor! Isso eu posso dizer com certeza! 

Em 2026, também poderemos te ver no remake de “Dona Beja, na Max. Como é trabalhar num projeto que já foi sucesso no passado? E o que pode contar de sua personagem na trama?

Tive essa experiência de uma refilmagem – muito feliz, por sinal! – com “Éramos Seis”. Tem uma certa dose de “heresia” em refilmar, porque a história, as personagens já ocupam um lugar afetivo, quase sagrado, na memória de quem já assistiu. Caprichamos muito pra entregar uma novela incrível! Estou muito ansiosa por essa estreia. Eu faço a Dona Augusta, vivida brilhantemente pela Marilu Bueno na outra versão. Bota desafio e ansiedade nisso! Espero que essa personagem, tão complexa e controversa, seja abraçada pelo público de hoje. 

Você está festejando sua recuperação após um câncer de mama. Como esse processo tem impactado a sua vida e a sua arte?

Tudo se modifica na gente, depois de um processo tão difícil como é o tratamento de um câncer, fisicamente, emocionalmente, espiritualmente… parece lugar comum, mas de fato, a vida realmente resignifica. A impressão que dá é que tudo ganha mais sentido, mais importância, principalmente os afetos, os amores, o trabalho, a família, os amigos, aquilo que faz a gente se sentir vivo! Passei a agradecer diariamente a oportunidade de estar viva e tentar fazer com que os meus dias tenham mais sentido. Minha atriz também se modificou, me julgo menos e me divirto mais em cena. Estou mais carinhosa comigo mesma!