A líder da oposição peruana, Keiko Fujimori, mantida em uma prisão em Lima há cinco meses, se recusou nesta segunda-feira a testemunhar perante a promotoria no âmbito da investigação por suposta lavagem de dinheiro da brasileira Odebrecht.

“É seu direito permanecer em silêncio ou abster-se de fazer uma declaração, e deve-se respeitar isso”, disse o procurador anticorrupção José Domingo Pérez a repórteres após deixar a prisão feminina onde Fujimori cumpre 36 meses em prisão preventiva.

O procurador encontrou dificuldades para deixar o local. Os apoiadores fujimoristas atacaram-no jogando garrafas plásticas vazias. A escolta policial evitou que ele fosse atingido.

Pérez tinha programado interrogar na prisão a filha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) sobre os supostos aportes ilegais da Odebrecht à sua campanha presidencial.

Keiko Fujimori, que nega as acusações, garantiu que não dará declarações ao procurador Pérez, alegando que ele perdeu a objetividade.

“Depois de viver na própria carne abusos e excessos, produto da ausência de justiça, tomei a decisão de fazer valer meu direito de silenciar diante do procurador que, no meu caso, perdeu totalmente a objetividade”, afirmou em sua conta do Twitter.

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