Karla Sofía Gáscon diz ser vítima de ‘cultura do cancelamento’

MADRI, 5 FEV (ANSA) – A atriz espanhola Karla Sofía Gascón voltou a se pronunciar em suas redes sociais sobre as críticas que tem recebido em meio à campanha do Oscar, onde concorre como “Melhor Atriz” pela atuação em Emilia Pérez, e a suposta exclusão sofrida nas divulgações do filme.   

Em uma reflexão publicada na última terça-feira (4) no Instagram, a primeira transexual indicada ao prêmio da Academia garante que não tem “nada a esconder” e que é vítima da “cultura do cancelamento”.   

A declaração foi dada poucas horas depois da plataforma de streaming Netflix afastar a protagonista do filme de Jacques Audiard das campanhas promocionais da produção nos Estados Unidos, após uma polêmica envolvendo antigos tuítes de cunho racista e xenofóbico, segundo a revista “The Hollywood Reporter”.   

“Nos últimos dias, passei por uma montanha-russa de emoções.   

Tenho sido transparente porque não tenho nada a esconder.   

Durante esse tempo, me senti perdida em minha transição, buscando aprovação aos olhos dos outros”, escreveu.   

Segundo Karla Sofía, hoje, finalmente, ela sabe quem é e está “apenas buscando a liberdade de existir sem medo, de criar arte sem barreiras e de continuar seguindo em frente” com sua vida.   

No entanto, há aqueles que querem condená-la ao ostracismo e “aplicar a cultura do cancelamento” para boicotá-la.   

“Pergunto aos especialistas de Hollywood, aos jornalistas que me conhecem e que acompanharam minha trajetória, como seguir em frente?”, conclui ela, que disse ter se entregado “de corpo e alma à família Emilia Pérez” e agradeceu todos que reconheceram seu trabalho. (ANSA).