Kanye West está sendo processado em duas ações coletivas de trabalhadores que auxiliaram em sua ópera cristã Nebuchadnezzar (ou Nabucodonosor), de acordo com informações da revista americana Vice.

Em novembro de 2019, o cantor deu um show no anfiteatro de Los Angeles, o Hollywood Bowl, no qual promoveu uma ópera religiosa com o grupo gospel Sunday Service, o rapper Sheck Wes e muitos outros artistas no palco.

Em julho de 2020, a equipe de produção do espetáculo, com membros como maquiadores, figurinistas e cabeleireiros, abriu um processo contra West e, um mês depois, os artistas também registraram uma ação contra o rapper. Ambos os processos são por motivos em comum.

O artista é acusado de deixar de pagar o salário mínimo, horas extras, de se recusar a fornecer refeições e intervalos para os seus funcionários e de classificar erroneamente as pessoas que contratou como “contratados independentes” em vez de “empregados”. Isso pode significar que ele poupou milhares de dólares em impostos.

Caso os classificasse como empregados, as leis trabalhistas da Califórnia exigiriam que Kanye fornecesse “privilégios” básicos aos trabalhadores, que estão buscando pelo menos US $ 1 milhão (R$5 milhões) pelos danos.

“Os supostos funcionários vão argumentar que, no teste ABC, eles falham e nós deveríamos ter sido pagos como funcionários”, explicou o advogado trabalhista Eric Kingsley à Vice.

De acordo com o “teste ABC ” da Califórnia, se o empregador determina quando o funcionário deve trabalhar, supervisiona, orienta e compra os materiais para o trabalho, o mesmo é classificado como funcionário. Kanye West ainda não se manifestou sobre os processos.