A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, anunciou nesta segunda-feira (25) uma série de medidas e um investimento milionário no setor privado da América Central para enfrentar a imigração, simultaneamente a uma reunião na Casa Branca com o presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo.

Harris lidera as iniciativas do governo de Joe Biden para combater o fluxo maciço de migrantes nos Estados Unidos, um dos temas que mais preocupa os americanos a poucos meses das eleições presidenciais.

Dirigentes “avaliarão o progresso” feito para abordar os fatores que impulsionam a migração irregular, como a criação de empregos na Guatemala, afirmou a Casa Branca em comunicado.

O governo Biden está convencido que a ascensão de Arévalo, que faz sua primeira visita oficial aos EUA desde sua posse em janeiro, ao poder será um grande auxílio na otimização da política migratória, muito criticada pela oposição republicana.

A reunião de Arévalo com Harris acontece antes de uma cúpula regional sobre a migração prevista para abril na Guatemala.

Para demonstrar apoio ao país da América Central, a vice-presidente se compromete “a fornecer 170 milhões de dólares (cerca de R$ 856 milhões na cotação atual) adicionais para auxiliar no desenvolvimento, economia, saúde e na segurança, reforçou a Casa Branca.

Além disso, aproveitou a visita do presidente guatemalteco para convocar uma reunião com líderes do governo, do setor privado e da sociedade civil como parte da Centroamérica Adelante, uma aliança público-privada que aborda as causas da migração na Guatemala, El Salvador e Honduras.

Até o momento, a coligação mobilizou mais de 5,2 bilhões de dólares (R$ 26,1 bilhões), incluindo mais de um bilhão de dólares anunciados nesta segunda.

Como parte desta estratégia, a vice-presidente comunicou uma série de medidas. Entre elas, a de 50 milhões de dólares (quase R$ 252 milhões) através da iniciativa “Guatemala se Transforma”, na qual o Departamento de Estado fará parceria com este país para transformar as instituições de segurança e justiça.

Em maio, o programa do Corpo de Serviços da América Central (CASC) será ampliado, oferecendo oportunidades de voluntariado, treinamento e emprego na Guatemala a milhares de jovens.

Além disso, Washington apoiará o desenvolvimento de energias e infraestruturas limpas e das tecnologias agrícolas na Guatemala, também lançará um programa para promover o comércio têxtil entre os dois países e apoiará o desenvolvimento de oportunidades e avanços nos direitos das mulheres e dos povos indígenas.

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