TURIM, 27 DEZ (ANSA) – A Juventus aprovou nesta terça-feira (27) o balanço financeiro da temporada 2021/22, que encerrou com um prejuízo de 239,3 milhões de euros.
A quantia divulgada pelo clube italiano foi inferior ao calculado na versão anterior do balanço, que havia sido de 254,3 milhões de euros, valor recorde no futebol do país. O resultado foi revisado em virtude da investigação do Ministério Público de Turim sobre as chamadas “manobras salariais”.
Em um comunicado, o clube explicou que precisou “rever algumas estimativas e pressupostos que implicaram em ajustamentos do encargos provisionados” no período.
O ex-presidente da Velha Senhora Andrea Agnelli, que renunciou ao cargo há quase um mês, marcou presença na assembleia de acionistas e comentou que deixar a liderança da Velha Senhora foi um processo difícil.
“Não foi uma decisão fácil, sempre dei o meu melhor em todos estes anos, que foram extraordinários. No entanto, lidei com a decisão [de renunciar] com total convicção e serenidade”, comentou o empresário italiano.
Agnelli também defendeu que os comentários negativos sobre a sua gestão “não são justificados” e que enfrentou “desafios sem precedentes” nos últimos meses, tendo em vista o escândalo financeiro em que o clube se envolveu.
Luciano Moggi, acionista da Juventus e que foi diretor do clube entre 1994 e 2006, entregou a Agnelli uma caixa de presente que tinha um pendrive com arquivos relativos ao Calciopoli.
“Fomos culpados por coisas que outros fizeram. A Juventus sempre ganhou em campo, nunca roubou nada de ninguém. O clube nunca se defendeu, ou não soube se defender, por isso virou um brinquedo nas mãos de muitos, principalmente da mídia”, criticou Moggi.
A assembleia de acionistas, que foi feita no Allianz Stadium, em Turim, acabou depois de mais de quatro horas. A próxima reunião do grupo está agendada para 18 de janeiro de 2023 para a aprovação do novo conselho administrativo da equipe. (ANSA).