O Ministério Público (MP) da Suíça confirmou neste domingo (2) que abriu uma investigação sobre as circunstâncias da aquisição do banco Credit Suisse (CS) pelo seu rival e compatriota UBS. A operação foi incentivada pelas autoridades federais suíças.

O MP quer garantir que a Suíça continue um centro financeiro “limpo”, segundo e-mail enviado à AFP.

O escritório do procurador federal “deu ordens” para iniciar uma investigação “depois de ter feito “um inventário da situação com todos os serviços internos envolvidos” e ter “contatado as autoridades nacionais e cantonais”.

“O Ministério Público quer cumprir proativamente com seu mandato e responsabilidade” de contribuir para um sistema financeiro suíço “limpo” e estabelece “monitoramento que lhe permite intervir imediatamente caso um problema surja dentro de sua área de competência”, explicou.

“Trata-se de analisar e identificar qualquer infração penal que possa ser responsabilidade” do MP, prossegue o e-mail.

Em 18 a 19 de março, o UBS concordou em pagar 3 bilhões de francos suíços (US$ 3,2 bilhões, R$ 17 bilhões) para comprar o Credit Suisse a 0,76 francos suíços por ação, após intensas negociações com o Ministério das Finanças, o Banco Central e a Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro da Suíça (Finma), que também ofereceu garantias contra eventuais surpresas encontradas em suas contas.

Com isso, tentavam evitar o colapso do segundo banco do país, na corda bamba devido aos temores dos investidores internacionais por conta da situação financeira internacional, afetada pela falência de vários bancos nos EUA.

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