Um tribunal russo determinou a soltura de Igor Rudnikov, nesta segunda-feira (17), editor-chefe de um jornal regional conhecido por suas matérias investigativas sobre a corrupção das elites locais e que estava sendo acusado de extorsão.

Segundo seus colegas e simpatizantes, o caso todo foi uma armação em represália pelas notícias publicadas por seu veículo. Seu jornal é conhecido pelas investigações sobre corrupção.

Fundador e editor-chefe do jornal “Novyé Koliossa”, em Kaliningrado, um território russo no mar Báltico, Igor Rudnikov foi detido em novembro de 2017 e acusado de ter tentado extorquir um membro da cúpula das forças de segurança.

Enquanto a Procuradoria pediu dez anos de prisão para Rudnikov, um tribunal de São Petersburgo decidiu pela retirada das acusações de extorsão, condenando o jornalista a 550 horas de trabalho comunitário por “abuso de poder”.

O jornalista, de 53 anos, “foi solto na sala de audiência”, informou o tribunal, em um comunicado.

Os simpatizantes de Rudnikov denunciaram que este caso foi orquestrado em represália por seu trabalho de jornalismo investigativo.

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A notícia da libertação de Rudnikov veio à tona pouco depois do caso de outro jornalista, Ivan Golunov, do portal on-line Meduza, também conhecido por suas investigações sobre corrupção.

Detido no início de junho por tráfico de drogas, ele viu as acusações contra ele serem retiradas e foi solto, após uma mobilização quase sem precedentes da sociedade civil e da imprensa russas.


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