A Justiça russa anunciou nesta segunda-feira (2) que investiga um oficial de alta patente do Exército, o general Valeri Mumindjanov, por suposta corrupção, mais um caso em uma série que, para alguns observadores, constitui um expurgo.

Desde abril, pelo menos dez funcionários do Ministério da Defesa e generais foram presos ou acusados em casos de fraude e corrupção na Rússia, mais de dois anos e meio após o início de sua ofensiva na Ucrânia.

O Comitê de Investigação russo, um poderoso órgão judicial, indicou no Telegram que Valeri Mumindjanov é acusado de ter “aceitado um suborno de uma magnitude especialmente importante”, um crime punível com 15 anos de prisão.

Mumindjanov é comandante adjunto do distrito militar de Leningrado, responsável pela logística, e já atuou no Ministério da Defesa.

Segundo os investigadores, ele teria recebido mais de 20 milhões de rublos (1,22 milhão de reais na cotação atual) em contratos para a compra de uniformes do Exército.

Tanto ele como sua família “possuem muitos bens imobiliários em Moscou e Voronezh no valor de mais de 120 milhões de rublos [cerca de 7,35 milhões de reais], cuja legalidade está sendo verificada”, indicaram.

O Kremlin nega que esteja realizando qualquer expurgo e garante que se trata de uma operação anticorrupção convencional.

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