ROMA, 18 MAI (ANSA) – O Tribunal de Vigilância Penal de Cagliari, no sul da Itália, rejeitou nesta segunda-feira (18) um pedido do ex-terrorista Cesare Battisti para progredir para o regime domiciliar em função da pandemia do novo coronavírus.   

O recurso havia sido apresentado pelo advogado do italiano, Davide Steccanella, que alega que seu cliente sofre de hepatite B e infecção pulmonar e teme ser contaminado pelo Sars-CoV-2.   

O Tribunal de Vigilância, no entanto, teria encontrado uma solução alternativa para que Battisti continue descontando sua pena dentro da cadeia.   

Extraditado pela Bolívia em janeiro de 2019, o italiano de 65 anos cumpre prisão perpétua na penitenciária de Oristano, em regime de isolamento diurno. Ele pertencia ao grupo terrorista Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) e foi condenado por quatro assassinatos cometidos na década de 1970.   

Após ter passado quase 40 anos foragido e alegando inocência, Battisti admitiu, em março de 2019, ter sido o autor material de dois homicídios e seu envolvimento nos outros dois. Ele transcorreu boa parte de seu período de fuga no Brasil e tem um filho nascido no país. (ANSA)