A Justiça peruana rejeitou nesta quinta-feira (11) um pedido para anular uma investigação da Procuradoria contra a líder opositora Keiko Fujimori e seu partido Força Popular sobre a origem de recursos de sua campanha eleitoral em um caso de lavagem de dinheiro.

A Sala Criminal Permanente da Suprema Corte declarou “infundados os recursos de cassação interpostos pelo Força Popular, bem como por Keiko Fujimori e (seu marido) Mark Vito”.

A decisão é uma nova derrota judicial para a líder opositora, que ficará detida por 10 dias, a partir da quarta-feira desta semana, no âmbito de outra investigação por contribuições ilegais de sua campanha por meio de recursos entregues ​​pela empreiteira Odebrecht.

“É uma decisão que não respeita os direitos fundamentais da pessoa”, disse a advogada Giuliana Loza depois de visitar Keiko Fujimori no centro de detenção.

Os envolvidos solicitavam à Procuradoria de Lavagem de Dinheiro para que não continuasse a investigação no âmbito da lei contra o crime organizado, que permite estender o prazo de uma investigação até 36 meses.

O procurador José Domingo Pérez, a cargo dos processos contra Keiko Fujimori, agora tem um prazo até outubro do ano que vem para apresentar uma acusação.

A filha mais velha do ex-presidente Alberto Fujimori (1990-2000) completou nesta quinta-feira o seu segundo dia detida em um espaço da Prefeitura de Polícia de Lima.

A líder do Força Popular, principal partido opositor peruano, é acusada de receber da empreiteira 1,2 milhão de dólares para financiar sua campanha presidencial em 2011.