A Justiça proibiu a venda de um livro sobre condenados por crimes graves que estão presos na P2 em Tremembé (SP) e determinou a transferência de Acir Filló, ex-prefeito de Ferraz de Vasconcelos e autor da obra. A juíza Sueli Zeraik, que assinou a decisão, afirmou que o livro não constitui biografia, mas “fofoca e mexerico”. As informações são do G1.

Acir Filló lançou, em junho, o livro “Diário de Tremembé – O presídio dos  famosos” e alega ter entrevistas exclusivas com presos do local. A Justiça proibiu a venda do livro, sob pena diária de R$ 954 em caso de descumprimento.

No livro, Filló diz ter conversado com presos famosos que estão no presídio de Tremembé. Ele chega a narrar uma suposta fraude de Roger Abdelmassih para forjar o estado de saúde e conseguir prisão domiciliar. O autor também diz que Cristian Cravinhos admitiu que Suzana Von Richthofen agrediu os pais durante o crime.

A Justiça abriu sindicância para apurar a publicação por possível fraude às regras do cárcere ao expor os presos. Os citados prestaram depoimento. Alguns detentos questionaram os detalhes escritos e um deles, Mizael Bispo, negou que tenha dado entrevista a Filló.

“O material produzido pelo preso nem de longe constitui biografia, mas sim bisbilhoteria, especulação da vida alheia; em outras palavras, trata-se do que popularmente se denomina “fofoca”, “mexerico”, com flagrantes distorções da verdade”, diz trecho da decisão da juíza Sueli Zeraik.