A Justiça de São Paulo determinou a prisão de Luiz Antonio Rodrigues de Miranda nesta quinta-feira, 18. O homem é o quarto suspeito de envolvimento na morte do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, executado em Praia Grande (SP), cidade localizada no litoral do estado. Uma mulher foi presa durante a madrugada e outras três pessoas são procuradas. As informações são do “G1”.
+ Quem é Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral e inimigo do PCC assassinado em SP
+ Polícia prende suspeita de participar da execução de Ruy Ferraz Fontes
Conforme as autoridades, foi Luiz Antonio Rodrigues de Miranda que ordenou Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, presa temporariamente, a levar um dos fuzis utilizados no crime da Baixada Santista para o Grande ABC, na região metropolitana da capital paulista.
Nas redes sociais, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, divulgou as identidades de dois foragidos. São eles: Flávio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva. A dupla é alvo de um mandado de prisão temporária.
O que se sabe sobre a execução
Fontes dirigia um Fiat Argo no final da tarde de segunda-feira, 15, quando passou a ser perseguido por criminosos em uma Toyota Hilux na Vila Caiçara, bairro da litorânea Praia Grande, onde atuava como Secretário municipal de Administração Pública.
Segundo a SSP, o ex-delegado ainda disparou contra os perseguidores antes de seu veículo colidir com um ônibus e a execução acontecer, por volta das 18h20.
Uma das suspeitas dos policiais é que a ação tenha sido obra da Sintonia Restrita, grupo de pistoleiros do PCC responsável no passado por planos para sequestrar o ex-juiz Sérgio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado).
Para promotores do Gaeco ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, “tudo indica que foi um crime de máfia”. Com histórico de combate à facção criminosa, Fontes já havia escapado de uma tentativa de execução em 2010.
Após o atentado, equipes da Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar), tropa de choque da Polícia Militar, foram enviadas ao litoral como parte de uma “força-tarefa” para localizar os responsáveis. Há expectativa de uma resposta dura dos policiais ao ocorrido.