A Justiça de São Paulo negou na quinta-feira, 17, o pedido de habeas corpus feito pelo jornalista Luan Araújo, condenado em junho deste ano por difamação contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O réu é o mesmo que foi perseguido com uma arma de fogo pela parlamentar em outubro de 2022.

Na véspera das eleições presidenciais, Luan Araújo foi perseguido por Carla Zambelli, que portava uma pistola, no bairro Jardins, na zona oeste da capital paulista. A deputada alegou que havia sido ofendida e empurrada pelo homem.

A parlamentar se tornou ré em um processo que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal) por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal.

+ Promotor pede condenação de jornalista perseguido por Carla Zambelli com arma

+ STF intima Zambelli no plenário da Câmara para apresentar defesa sobre porte de arma

Após o ocorrido, Carla Zambelli abriu um processo contra Luan Araújo no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) por conta de uma coluna publicada pelo jornalista. Na ocasião, o homem abordou a “perseguição” e afirmou que a deputada mantém uma “seita de doentes de extrema-direita que a segue incondicionalmente e segue cometendo atrocidades”.

Em outro trecho da publicação, o jornalista afirmou que a parlamentar integra uma “extrema-direita mesquinha, maldosa e que é mercadora da morte”. A coluna foi retirada do ar em decorrência de uma ordem judicial.

Por conta das declarações, Luan Araújo foi condenado a oito meses de detenção em regime aberto e 28 dias-multa. No pedido de habeas corpus, a defesa do jornalista alegou que havia utilizado o recurso no prazo legal, mas a Justiça não realizou a análise do requerimento.

De acordo com os desembargadores do TJ-SP, o pedido foi rejeitado pelo fato de o jornalista não pagar as taxas para que o recurso do habeas corpus fosse requerido dentro do prazo legal.

*Com informações do Estadão