Após primeira audiência adiada no último dia 27 de abril, a 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar deu prazo de 10 dias para que a defesa do ex-policial federal Dheymersonn Cavalcante, e da mãe dele, Maria Gorete, resolva o problema de acesso ao arquivo de prova no processo. Dheymersonn e Maria Gorete são acusados pela morte de Maria Cecília, de 2 meses, filha do ex-policial. As informações são do G1.

A defesa de Dheymersonn alegou que não teve acesso à mídia inserida pela denúncia nos autos por estar em blu-ray e o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) não ter o equipamento apropriado para leitura desse tipo de arquivo. Após alegação, o juiz Alesson Braz determinou que a defesa dos acusados converta o arquivo de blu-ray para MP4, documento compatível com o SAJ, em até 10 dias.

O ex-policial federal e a mãe dele se tornaram réus no processo em junho do ano passado e respondem por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. Maria Cecília morreu de broncoaspiração após ter ingerido leite. O processo aponta que foi dado uma dose maior de leite do que a criança suportava. A enfermeira Micilene Souza, mãe da criança, alega que o ex-policial premeditou a morte da menina junto com a mãe dele porque não queria pagar pensão alimentícia.

O processo corre em segredo de Justiça na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.

Ao G1, após virar réu no processo, Dheymersonn Cavalcante negou todas as acusações e alegou que a menina já tinha se engasgado outras vezes. Durante mais de um ano, o policial diz que se dedicou em juntar provas para montar sua defesa no tribunal e que quer logo que o julgamento seja feito.

Dheymersonn foi preso em outubro em um hospital em Maceió, Alagoas. Ele foi solto logo depois após a defesa comprovar que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tinha julgado um pedido de habeas corpus.