O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) negou um novo pedido da defesa da deputada federal Flordelis para suspender a obrigatoriedade do uso da tornozeleira eletrônica.

A parlamentar está cumprindo medidas cautelares enquanto aguarda o anúncio da data do júri popular do processo que responde por envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.

A juíza Nearis dos Santos Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, responsável por negar o pedido da defesa, afirmou que as medidas cautelares impostas são necessárias pela dificuldade de localização de Flordelis.

A defesa da parlamentar negou que Flordelis tenha cometido violação no uso da tornozeleira eletrônica. Em seu pedido, a defesa disse que o aparelho apresenta constantes defeitos, o que justificaria as sucessivas violações e descumprimentos do monitoramento eletrônico.

Mesmo com a justificativa apresentada pela defesa, a juíza considerou que outras violações das medidas restritivas continuam sendo cometidas pela deputada, sem qualquer justificativa. “[…] Este Juízo tem recebido mensalmente a informação de diversos outros descumprimentos, que restaram sem justificativa, evidenciando ainda mais a necessidade de manutenção da cautelar em tela”, informou.

Essa não é a primeira vez que a defesa de Flordelis pede o encerramento da tornozeleira eletrônica. No dia 18 de setembro de 2020, a 3ª Vara Criminal determinou o monitoramento eletrônico para a parlamentar. Na ocasião, a defesa da deputada recorreu, mas uma semana depois, o desembargador Celso Ferreira Filho, da 2ª Câmara Criminal do TJ-RJ negou o pedido e manteve o uso da tornozeleira.