A Justiça do Rio de Janeiro manteve a prisão do rapper Oruam, 25 anos, em nova audiência de custódia, nesta segunda-feira, 4. O cantor está preso preventivamente desde o dia 23 de julho, acusado de tentativa de homicídio contra agentes da polícia civil.
O mandado de prisão expedido contra o rapper está dentro do prazo de validade e a decisão não foi revogada. As informações foram confirmadas pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, de acordo com publicado no portal Splash.
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“Sendo regulares o ato prisional e o mandado de prisão no caso concreto, e não havendo requerimentos de mérito formulado pelas partes, não há nada a prover”, diz um trecho da decisão divulgada pelo Tribunal de Justiça do Rio
A prisão
Na madrugada de 22 de julho, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) estiveram na mansão de Oruam, na bairro do Joá, área nobre da cidade de Rio, para cumprir mandado de busca e apreensão contra um menor acusado de tráfico, que estaria recebendo abrigo do rapper.
Após a apreensão, segundo os policiais, o cantor e outras sete pessoas lançaram pedras a partir da sacada da residência contra os agentes, que precisaram se esconder na viatura.
O Ministério Público ofereceu denúncia por tentativa de homicídio. Oruam acabou se entregando à polícia. Antes, ele chegou a fazer uma publicação nas redes sociais reconhecendo ter agido mal diante da operação dos agentes na sua casa.
“Eu errei. Desculpa aí todo mundo, vou provar para vocês que não sou bandido. Vou dar a volta por cima e depois vou vencer através da minha música. Ontem [madrugada], eu tava muito nervoso com tudo que aconteceu. Quero dizer aos meus fãs que amo muito vocês”, disse ele na ocasião em uma postagem, que foi apagada momentos depois.
Além de tentativa de homicídio contra os agentes, o cantor responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal.
A defesa destaca que o artista foi inicialmente acusado por tráfico de drogas e associação para o tráfico, mas a acusação foi reclassificada como tentativa de homicídio.