O procurador-geral da Líbia ordenou a prisão provisória de oito funcionários do governo do país no âmbito de uma investigação sobre o rompimento de duas barragens, uma tragédia que provocou as inundações fatais de Derna em 10 de setembro.

As oito pessoas, que ocupam ou ocuparam cargos de responsabilidade no departamento de recursos s hídricos ou na administração das barragens na Líbia, são suspeitas, entre outras acusações, de “má gestão e negligência”, informa o gabinete do procurador em um comunicado.

As inundações provocadas pela tempestade Daniel deixaram mais de 3.800 mortos na Líbia. O número inclui apenas os corpos enterrados e registrados pelo ministério da Saúde. Até o momento não foram contabilizados os corpos que os moradores sepultaram pouco depois da catástrofe.

As autoridades locais e as organizações humanitárias internacionais calculam que mais de 10.000 pessoas estão desaparecidas.

Afetada pelas divisões desde a queda e assassinato do ditador Muamar Kadhafi em 2011, a Líbia tem dois governos rivais: um com sede em Trípoli (oeste), reconhecido pela ONU e liderado por Abdelhamid Dbeibah, e outro com sede no leste, liderado pelo influente marechal Khalifa Haftar.

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