A justiça francesa confirmou nesta segunda-feira em segunda instância a sentença de 4 anos de prisão imposta ao fundador da empresa PIP, cujas próteses mamárias, implantadas em milhares de mulheres em todo o mundo, foram fabricadas sem qualquer controle sanitário.

Jean-Claude Mas, de 76 anos, foi novamente considerado culpado de fraude agravada e fraude no que diz respeito à empresa de certificação alemã TUV, que ele enganou por anos sobre a composição do gel das próteses.

Ele também deverá pagar uma multa de 75.000 euros e está proibido de exercer no campo da saúde e gerir uma empresa.

O Tribunal de Recurso de Aix-en-Provence (sul) também confirmou a culpabilidade de quatro ex-executivos da empresa, condenados a até três anos de prisão, entre eles o ex-diretor financeiro da PIP, Claude Couty.

O percurso judicial de Mas, ex-vendedor que se tornou um dos maiores fabricantes de implantes mamários no mundo atropelando todos os tipos de regulamentos sanitários, não está terminado.

Ele ainda enfrenta acusações em outros dois casos, um por homicídio e lesões não intencionais, o outro sobre os aspectos financeiros do caso. Ele já cumpriu 8 meses de prisão em 2012 neste contexto.

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Mais de 300.000 mulheres em todo o mundo receberam implantes mamários PIP preenchidos com um gel industrial e que provou ser mais frágil do que seus concorrentes.

De acordo com as autoridades sanitárias francesas, quase 25% dos implantes PIP removidos após a revelação do escândalo em 2010 eram defeituosos (ruptura, perspiração do gel), provocando reações irritantes e inflamatórias.

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