A Justiça da França abriu uma investigação sobre a morte de cidadãos franceses no ataque executado no sábado pelo grupo islamita palestino Hamas em Israel, anunciou, nesta quinta-feira (12), a Promotoria Nacional Antiterrorista (Pnat).

A investigação foi aberta devido a homicídios e sequestros, inclusive de menores de 15 anos, relacionados com uma ação terrorista, entre outros crimes, informou a Pnat em nota.

Treze franceses morreram e 17 estão desaparecidos, embora se tema que o Hamas tenha feito parte deles reféns.

Esta investigação “espelho”, que transcorrerá em paralelo à israelense, permitirá às vítimas francesas e seus familiares serem ouvidos e informados sobre o avanço das investigações em Israel.

Horas antes, a família de um francês morto em Israel tinha apresentado uma denúncia contra o Hamas em Paris por crimes contra a humanidade, informou seu advogado.

No sábado, centenas de combatentes do Hamas cruzaram a fronteira com Israel, a partir da Faixa de Gaza, por terra, mar e ar, e mataram, em território israelense, cerca de 1.200 civis nas ruas, em suas casas ou em um festival de música eletrônica.

Durante uma das investidas, de violência extrema, fizeram reféns cerca de 150 reféns israelenses, cidadãos com dupla nacionalidade e estrangeiros, aos quais o grupo extremista ameaça matar.

Israel tem respondido com ataques aéreos e de artilharia durante seis dias contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza, território paupérrimo, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, matando mais de 1.350 palestinos.

Cerca de 105 cidadãos estrangeiros, muitos dos quais tinham também cidadania israelense, perderam a vida, segundo contagem da AFP com base em dados confirmados pelas autoridades de seus países.

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