Sessenta e sete pessoas foram apresentadas neste domingo à justiça pelo assassinato, em junho de 2015, do procurador-geral no Cairo, indica um comunicado da promotoria, enquanto as autoridades egípcias acusam o Hamas palestino e a Irmandade Muçulmana de envolvimento no caso.

Em 29 de junho de 2015, um carro-bomba explodiu na passagem do comboio de Hisham Barakat, o mais alto magistrado do Ministério Público egípcio, que acabou morrendo no hospital.

A investigação, de acordo com a promotoria, mostrou que os suspeitos eram membros da Irmandade Muçulmana – declarada “terrorista” em dezembro de 2013 – e que “conspiraram” com militantes do Hamas, movimento islâmico palestino que controla Gaza.

A promotoria não indicou a data de início do julgamento.

Em março, o ministro do Interior egípcio, Magdy Abdel Ghaffar, afirmou que 14 membros da Irmandade Muçulmana estavam diretamente envolvidos no planejamento do ataque contra Barakat.

“Este complô foi executado sob as ordens da Irmandade Muçulmana (…) em estreita coordenação com o Hamas, que desempenhou um papel muito importante (…) no assassinato do procurador-geral”, assegurou o ministro.

O Hamas nega qualquer envolvimento na morte, que não foi reivindicada.

Cairo acusa regularmente o Hamas de apoiar a Irmandade Muçulmana egípcia, à qual pertence o ex-presidente Mohamed Morsi, eleito democraticamente em 2012, mas deposto e preso um ano depois pelo exército.

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