A Justiça do Vaticano condenou dois ativistas ambientais italianos a vários meses de liberdade condicional e ao pagamento de uma multa de quase 30.000 euros (157,5 mil reais) por danos e prejuízos causados durante uma ação nos museus da Santa Sé, anunciaram os ativistas.

“Os juízes vaticanos do Tribunal de Primeira Instância condenaram Ester e Guido a nove meses (de liberdade condicional) e a uma multa de 1.620 euros (8,5 mil reais na cotação de hoje). E se acrescentou o reembolso de mais de 28.000 euros (147 mil reais na cotação de hoje) pelos danos causados”, afirmou o grupo ecologista Última Geração” em um comunicado.

Na mesma nota, o grupo anunciou que vai recorrer da decisão.

Em 2022, os dois ativistas se prenderam ao pedestal da estátua de Laocoonte, uma escultura de mármore exposta nos museus do Vaticano.

“O Vaticano, uma das últimas monarquias absolutistas do mundo, mostra toda a sua hipocrisia com este veredito”, denunciaram os ecologistas, classificando a sentença como “desproporcional e absurda (…) por algumas gotas de cola em um bloco de mármore aos pés de Laocoonte”.

Segundo eles, tudo o que queriam era “destacar o que o papa escreve e aconselha”.

O papa Francisco é um ferrenho defensor do meio ambiente e tem ressaltado, repetidamente, a necessidade de protegê-lo para as gerações futuras.

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