Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira, 15. A decisão foi movida pela Justiça do Rio de Janeiro e aprovada pelo desembargador Gabriel Zefiro. Esta é a segunda vez que o dirigente é retirado da ocupação desde que assumiu o comando da entidade.
“Pelo exposto, determino: 1- o afastamento da atual diretoria da CBF; 2- que o Vice-Presidente da CBF, Fernando José Sarney, realize a eleição para os cargos diretivos da CBF, na qualidade de interventor, o mais rápido possível, obedecendo-se os prazos estatutários, ficando a seu cargo, até a posse da diretoria eleita, os poderes inerentes à administração da instituição, dispostos no art.7º do Estatuto da Entidade”, diz a decisão judicial.
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Motivações da destituição
A nova crise decorre das suspeitas sobre uma das assinatura que validaram a eleição vencida pelo atual presidente, em 2022. A controvérsia envolve a contestação da condição de saúde de Coronel Nunes, seu antecessor no comando da CBF e um dos assinantes do documento.
Com a aprovação imediata, o decreto de Zefiro anula a declaração assinada por Nunes e outros membros da comissão.
“A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente”, argumentou o desembargador.
No momento, Ednaldo está em uma viagem no Paraguai e deve ser rapidamente notificado – no início do dia ele participou do Congresso da Fifa.