Justiça do Equador manda ex-vice de volta para a prisão por caso Odebrecht

O ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas saúda seus seguidores depois de ser libertado da prisão em Latacunga, Equador, em 10 de abril de 2022 - AFP
A justiça do Equador revogou nesta sexta-feira (20) um privilégio a favor do ex-vice-presidente Jorge Glas e ordenou sua captura “imediata” para que retorne à prisão onde cumpria pena por receber propinas milionárias da Odebrecht.
Uma corte da província de Santa Elena (sudoeste) decidiu “declarar a nulidade” do que foi determinado pelo juiz, que concedeu o habeas corpus em 10 de abril passado, diz a sentença publicada no portal do Conselho do Judiciário.
A Corte determinou, ainda, a “imediata localização, captura e traslado” do ex-vice-presidente de 52 anos para a prisão da província andina de Cotopaxi (centro), onde cumpria pena de seis anos de prisão por receber propinas da Odebrecht.
Glas também foi condenado em última instância a oito anos de reclusão por pedir propinas a empresários em troca de licitações no caso conhecido como “Subornos 2012-2016”, no qual também foi condenado à revelia o ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).
O ex-vice, que governou junto com Correa desde 2013 e foi reeleito na chapa de Lenín Moreno (2017-2021), foi condenado em 2021 a oito anos de prisão por peculado na concessão de um campo petrolífero. Esta pena ainda não foi executada porque há apelações.
“Tem havido uma pressão midiática e política sem precedentes sobre o tribunal de Santa Elena, que clamorosamente sentencia contra o Direito”, escreveu Correa em sua conta no Twitter.
“A maldade voltou a triunfar”, acrescentou.
Por sua vez, o ministério do Interior informou na mesma rede social ter recebido uma notificação da sentença e “procederá com o solicitado”.
Após receber o habeas corpus, Glas seguiu para a cidade de Guayaquil (sudoeste), onde mora sua família. Ali apresentou-se periodicamente perante um juiz, como medida substitutiva à prisão.
O ex-vice-presidente se entregou em outubro de 2017 à justiça, que o indagava pelas propinas milionárias entregues pela Odebrecht para acessar contratos no Equador.
Ele perdeu o posto em janeiro de 2018, quando o Congresso declarou sua ausência definitiva no cargo após ser condenado. Então, se tornou o funcionário de mais alto nível da América Latina sentenciado pelo esquema de propinas da empreiteira.
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