O empresário que matou um motociclista atropelado dirigindo uma Porsche, Igor Ferreira Sauceda, teve a prisão decretada no início da tarde desta terça-feira, 30, após audiência de custódia na Barra Funda. O caso aconteceu na madrugada de segunda-feira, 29 na Avenida Interlagos, Zona Sul da Capital Paulista. A vítima é Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos.

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De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, “as diligências prosseguem pelo 48.º Distrito Policial (Cidade Dutra), que aguarda os resultados dos laudos periciais, em elaboração pelos institutos Médico Legal (IML) e de Criminalística (IC), para análise e total esclarecimento do caso.”

A defesa do empresário, representada pelo advogado de defesa, Carlos Bobadilla, diz que o caso foi uma “fatalidade”. “O Igor estava voltando do seu trabalho com a namorada. O Igor não havia ingerido qualquer bebida alcoólica, qualquer entorpecente, e infelizmente aconteceu esta fatalidade”, afirmou. Ele não se pronunciou sobre a decisão do TJ-SP em converter a prisão em preventiva.

Segundo o delegado do 48.° DP, Edilson Correia de Lima, Sauceda teria tido um “ataque de fúria” durante briga de trânsito. Em seu depoimento, o empresário diz que o motociclista teria chutado o seu retrovisor, mas isso ainda será esclarecido com a perícia. Ou seja, ele assumiu a intenção de matar quando acelerou o carro e perseguiu o motociclista, mas não teve motivação premeditada. O teste de bafômetro de Sauceda deu negativo.

O velório de Pedro Kaique Ventura Figueiredo aconteceu nesta manhã no Cemitério Parque dos Girassois, em Parelheiros, zona sul. Seu corpo foi enterrado pela família e amigos às 15h.

Mudança de versão

A polícia diz que houve mudança na versão apresentada pelo suspeito no início da manhã e no começo da tarde de segunda-feira. E nenhuma delas “condizem com as imagens de câmera de segurança”.

Igor teria dito que trafegava em uma velocidade entre 60km/h e 70km/h, pouco acima do permitido na Avenida Interlagos. As imagens, no entanto, mostram a Porsche em alta velocidade.

A polícia ainda aguarda a perícia do carro e coleta de mais imagens, assim como o aparecimento de possíveis testemunhas – um caminhoneiro teria visto e filmado o acidente – para concluir o inquérito.

Não há confirmações, ainda, de que Pedro Kaique teria de fato chutado o retrovisor do Por