A Justiça decretou a prisão preventiva do ex-delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz. Trata-se de uma ação apresentada por Daniel Dantas sobre uma suposta violação de sigilo.

O banqueiro, em 2008, foi alvo da Operação Satiagraha, no qual era liderada por Protógenes e depois foi anulada.

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O ex-delegado da PF, que está atualmente como asilado político na Suíça, foi alvo de uma queixa-crime apresentada pelo banqueiro em 2019, que o acusa de suposto vazamento de informações sigilosas à imprensa – isso teria ocorrido em pelo menos seis ocasiões.

A Justiça afirma em que Protógenes tinha uma boa relação com jornalistas, principalmente com Paulo Henrique Amorim – contando 27 registros telefônicos.

De acordo com o processo, o acusado estaria se ocultando para não ser citado.

Em decorrência disso, a defesa de Dantas e o Ministério Público Federal solicitaram à Justiça a prisão preventiva de Protógenes.

Na decisão, na qual a ISTOÉ teve acesso, o juiz Nilson Martins Lopes Júnior da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo afirma que “foram realizadas todas as diligências para localizar o réu, seja por meio de seus advogados que atuam em outro proesso, seja por intimação por meio da sua inscrição na OAB, ou seja por meio da Cooperação Jurídica Internacional, fato que, diante da inviabilidade de sua situação pessoal, restou a este Juízo determinar a citação por edital”.

Em outro ponto, o juiz concluiu que o réu “não só teria ciência das imputações contra ele alegadas nestes autos, mas também se estaria se furtando intencionalmente de comparecer no processo.” Com isso, ele evitaria ser processado ou investigado.

A ISTOÉ tentou entrar em contato com as defesas de Dantas e Protógenes, mas não obteve sucesso. O canal segue aberto para esclarecimentos.