O TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) expediu novos mandatos de prisão preventiva para Maxwell Simões Corrêa, o “Suel”, e Ronnie Lessa, em uma ação que investiga uma organização criminosa que atuava nos bairros de Rocha Miranda, Colégio, Coelho Neto e Honório Gurgel, no Rio de Janeiro. Outras três pessoas suspeitas de envolvimento no caso também tiveram as prisões decretadas.

O ex-bombeiro Maxwell e o ex-PM Ronnie Lessa já se encontram presos, denunciados por envolvimento nas mortes da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

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De acordo com o TJRJ, a  1ª Vara Especializada em Organização Criminosa também aceitou a denúncia do Ministério Público do Rio contra Aline Siqueira de Oliveira, esposa de Maxwell, acusada por lavagem de dinheiro. Contra ela foram aplicadas as medidas cautelares de comparecimento bimestral ao juízo e proibição de manter contato com os demais integrantes.

Na decisão, foi determinada ainda a busca e apreensão nos endereços dos denunciados, assim como a quebra de sigilo dos dados telemáticos e informáticos dos celulares e equipamentos eletrônicos apreendidos. Segundo o tribunal, os acusados Maxwell Júnior e Sandro dos Santos são considerados foragidos.

“Gatonet”

De acordo com a denúncia, desde meados de 2018, o grupo explorava, de forma ilícita, os serviços de telecomunicação, televisão e internet, popularmente conhecidos como “gatonet”. Os integrantes da organização criminosa, também são acusados de crimes de corrupção ativa, extorsão e lavagem de dinheiro.

Na sexta-feira, 4, a Polícia Federal  e o Ministério Público do Rio abriram uma operação para investigar o esquema. O suposto envolvimento de Suel no caso foi registrado na decisão que o colocou no banco dos réus pelas mortes de Marielle e Anderson.

Quando mandou prender o ex-bombeiro, o juiz Gustavo Gomes Kalil, da 4ª Vara Federal Criminal do Rio, apontou “indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de ‘gatonet’ em Rocha Miranda’, na zona norte do Rio.

No caso Marielle, o ex-bombeiro teria “prestado auxílio moral e material em atos preparatórios” do assassinato, indicou o magistrado. O despacho também destacou a ligação entre Maxwell e o ex-PM Ronnie Lessa, apontado como executor dos disparos que vitimaram Marielle e Anderson.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxwell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando “apoio logístico de integração” com os demais investigados. O chefe da corporação diz que o ex-bombeiro teve “papel importante” no caso, tanto “antes como depois”.

* Com informações da Agência Estado