O desembargador Eduardo Siqueira já foi alvo de 40 procedimentos de apuração disciplinar nos últimos 15 anos, de acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A informação foi repassada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) nesta sexta-feira (24).

No último fim de semana, Eduardo Siqueira foi flagrado humilhando um guarda municipal de Santos (SP) ao ser autuado sem máscara em um ambiente público. Diante da polêmica, o CNJ determinou ao TJ-SP que enviasse a “ficha” do desembargador.

Segundo o G1, na lista enviada ao CNJ, o tribunal de São Paulo faz uma síntese dos procedimentos e dos resultados. O TJ-SP explica ainda que os processos precisam ser digitalizados antes do envio ao Conselho Nacional de Justiça. Por conta disso, o presidente do tribunal, Geraldo Francisco Pinheiro Franco, pediu mais dez dias para atender à determinação do CNJ.

“Noticio que se trata de mais de 40 (quarenta) autos processuais, muito deles instaurados há mais de quinze anos, arquivados em meio físico. O desarquivamento e a digitalização de todas as peças que compõem referidos autos demandarão mais tempo do que as 48 horas originalmente estabelecidas. Por isso, solicito a Vossa Excelência prazo adicional de 10 (dez) dias para integral atendimento à solicitação mencionada”, afirmou o presidente do tribunal.

Na quinta-feira (23), Eduardo Siqueira afirmou estar arrependido e pediu desculpas pelo episódio em que chamou de “analfabeto” o guarda municipal Cícero Hilário Roza Neto. Por meio de nota, o desembargador afirmou: “eu me exaltei, desmedidamente, com o guarda municipal Cícero Hilário, razão pela qual venho a público lhe pedir desculpas”.