A Justiça de Nova York acusou autoridades de Belarus por terem desviado para Minsk em maio passado um avião da Ryanair que fazia a rota entre Atenas e Vilnius com o objetivo de prender um jornalista dissidente que estava a bordo.

“Estamos decididos a fazer prestarem contas os responsáveis por essa conspiração surpreendente para cometer uma pirataria aérea que não apenas violou a lei internacional, mas também a legislação penal americana”, diz o comunicado do promotor Damian Williams. O desvio do avião colocou em risco a vida dos passageiros, entre eles “quatro cidadãos americanos.”

“Desde o início dos voos motorizados, os países do mundo cooperam para manter os passageiros das aeronaves seguros. Os acusados quebraram esse padrão desviando um avião com o propósito torpe de perseguir um dissidente e a liberdade de expressão”, observa o promotor.

A Justiça dos EUA acusa os funcionários do governo bielorrusso Leonid Mikalaevich Churo, Oleg Kazyuchits, Andrey Anatolievich (sobrenome desconhecido) e um quarto, cujo nome e sobrenome são desconhecidos, de terem participado da trama. Os acusados seguem em liberdade em Belarus, aponta o promotor.

Autoridades bielorrussas desviaram o voo alegando terem recebido um alerta de bomba, que resultou ser falso e terminou na prisão do jornalista dissidente Román Protasevich e de sua companheira, a russa Sofia Sapega.

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