A juíza da 1ª Vara Criminal de Campinas, Patrícia Suárez Pae Kim, condenou dois médicos sócios da Ressonância Magnética Campinas (RMC), dois auxiliares de enfermagem e uma enfermeira pela morte de três pacientes, em 2013. Os casos ocorreram após as vítimas receberem perfluorocarbono – utilizado para exames na região pélvica sem contato direto com o corpo e não solúvel no sangue – em vez de soro durante um procedimento de ressonância magnética, no Hospital Vera Cruz, em Campinas.

Cabe recurso à decisão. A sentença do dia 30 de maio inocentou outros dois réus e descartou a possibilidade de fraude processual apontada pelo Ministério Público.

De acordo com laudo da Polícia Civil, a auxiliar em enfermagem que aplicou a substância foi induzida ao erro em razão do perfluorocarbono estar armazenado sem identificação junto às bolsas de soro.

A juíza condenou os réus por homicídio culposo – quando não há intenção de matar.

Os médicos pegaram quatro anos de prisão, os auxiliares e a enfermeira a três anos.

A magistrada impôs aos réus penas restritivas de direitos. Eles estão proibidos de ‘freqüentar determinados lugares, como bares, casas de prostituição e locais de má reputação pelo mesmo período da condenação’. E terão de prestar serviços à comunidade à razão de uma hora de tarefa

por dia de condenação.

Defesa

Em nota publicada no seu portal da internet, o Hospital Vera Cruz informou que respeita e acata a decisão da Justiça.

“O Hospital Vera Cruz e a Ressonância Magnética Campinas vêm a público declarar que respeita e acata a decisão da juíza Patrícia Suárez Pae Kim, da 1ª Vara Criminal de Campinas, sobre os fatos ocorridos na Ressonância Magnética Campinas dentro das dependências do Hospital Vera Cruz em janeiro de 2013.”