WASHINGTON, 28 SET (ANSA) – Um juiz de Washington bloqueou a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de proibir downloads do aplicativo chinês TikTok no fim da noite deste domingo (27). O juiz distrital Carl Nichols acatou um recurso da ByteDance e impediu que a determinação do mandatário entrasse em vigor horas antes do prazo dado por um decreto acabar.

Conforme o decreto, a partir das 23h59 do domingo, os norte-americanos não poderiam mais baixar os apps chineses TikTok e WeChat.

No caso do primeiro, os cidadãos poderiam manter o aplicativo nos celulares, porém com menos atualizações, até que um acordo entre a ByteDance e a Oracle fosse avaliado. Caso a venda de 20% das ações não se concretize, o aplicativo parará de funcionar nos EUA em 12 de novembro. Já o segundo, praticamente, foi banido do país.

A negociação entre a empresa norte-americana e a chinesa, inclusive, foi levada em consideração por Nichols, que negou a parte da ação em que a Byte Dance solicitava também sustar a regra para novembro porque não cabia “neste momento”.

O episódio envolvendo os apps chineses é mais uma parte da guerra de Trump contra a China em diversos campos: econômico, tecnológico, político e diplomático. Para Washington, os aplicativos “violariam” os dados pessoais dos norte-americanos, que seriam enviados diretamente para Pequim, e seriam um problema de “segurança nacional”.

Além da briga com os dois aplicativos, o governo do republicano aplicou sanções contra a gigante chinesa Huawei – afetando o avanço da rede 5G da empresa no país. Já no campo diplomático, a briga chegou a causar o fechamento do consulado chinês em Houston – o que foi respondido por Pequim com o encerramento das atividades da rede consular em Chengdu.

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Washington também aplicou dezenas de sanções políticas e econômicas por outras questões, como nos casos dos problemas políticos em Hong Kong, de violação dos direitos humanos contra a minoria uigur em Xinjiang ou ainda com a invasão de espaço área em uma área de treinamentos do Exército chinês. Por sua vez, Pequim respondeu a todas as medidas no mesmo tom. (ANSA).


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