A Justiça arquivou as duas acusações de assédio sexual que pesavam contra o ex-presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) Rogério Caboclo por falta de provas. Além disso, o ex-diretor de TI da entidade Fernando França enviou à Comissão de Ética da CBF uma retratação no caso da acusação que fez contra Caboclo por assédio moral.

O TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) determinou o trancamento da ação penal, argumentando não haver justa causa para o prosseguimento. A Polícia Federal já havia deixado de indiciar Caboclo após investigação, por concluir que não houve crime. O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro), por sua vez, não apresentou denúncia e pediu que a ação contra Caboclo fosse arquivada – o que foi determinado pela Justiça.

A advogada de Caboclo, Luciana Pires, afirma que vai pedir apuração contra as ex-funcionárias da entidade que fizeram as acusações: “Duas instâncias distintas, tanto a federal como a estadual, não viram indícios de crimes e estancaram as investidas. Houve um linchamento público prévio o condenando por crimes que ele não cometeu, o que é muito grave e merece uma pronta resposta da Justiça”. “Vamos pedir que a polícia investigue crime de denunciação caluniosa praticados pelas pseudos-vítimas”, afirma Luciana.

Caboclo foi inicialmente suspenso da presidência da CBF em junho do ano passado em razão das acusações apresentadas contra ele. A decisão foi da Comissão de Ética da entidade. Em setembro, após assembleia de presidentes das federações estaduais, a decisão foi pelo afastamento dele do cargo.

Assédio moral

No caso da acusação de assédio moral feitas contra Caboclo, o ex-diretor de TI da CBF Fernando França fez uma retratação, na qual diz que divergências e desentendimentos o levaram à época a apresentar, “tomado pela emoção e de forma irrefletida”, a queixa. “Vejo hoje que me precipitei ao oferecer a mencionada denúncia, que teve graves e injustas e exageradas consequências”, diz no documento. “O sr. Rogério nunca me desrespeitou ou cometeu qualquer infração de natureza ética”, afirmou.