A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-SP) por tortura contra o pai, a madrasta e a filha envolvidos no caso de um garoto, de 11 anos, encontrado amarrado dentro de um barril em sua própria casa, em Campinas, interior de São Paulo.

A denúncia apresentada pelo MP-SP cita o resultado do exame de corpo de delito, que apontou lesões causadas pelo tempo em que ele ficou acorrentado pelos pés e pelas mãos. Se for recebida pela Justiça nos mesmos termos que propôs a promotora Adriana Vacare Tezine, o pai da vítima também responderá por abandono intelectual, uma vez que não matriculou e não manteve o filho na escola ao longo de 2020.

Os acusados estão presos e serão citados nas penitenciárias onde estão, em Tremembé, no interior de São Paulo. O jovem está em um abrigo municipal aguardando uma decisão da Justiça sobre sua guarda.

No último dia 30, o garoto foi libertado pela Polícia Militar de Campinas após uma denúncia anônima. Ele estava preso a um tonel, acorrentado pelas mãos e pelos pés. O menino ainda pesava aproximadamente 25 kg, o peso de uma criança quatro anos mais nova.