Os juros futuros passaram a subir, acompanhando o fortalecimento do dólar ante o real, após terem operado com viés de baixa nos primeiros negócios, seguindo também o recuo inicial da moeda americana e após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de fevereiro. O indicador subiu 0,34%, praticamente em linha com a mediana das projeções (0,35%), não devendo alterar a aposta de manutenção de Selic estável em 6,50% este ano.

Segundo operadores de câmbio, a moeda americana sofre influencias do dólar misto lá fora e também reflete cautela diante dos eventuais obstáculos que o texto da reforma da Previdência pode encontrar no Congresso e após a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).

Pouco antes do fechamento deste texto, a ata da última reunião de política monetária do Banco Central Europeu informou que dirigentes viram mais incertezas sobre duração de desaceleração na zona do euro e apontaram graves riscos ligados a Brexit.

Além da influência do dólar, o investidor de renda fixa monitorou mais cedo o resultado do IPCA-15 de fevereiro, que subiu 0,34% depois de 0,30% em janeiro, e ficou também praticamente em linha com a mediana das projeções (0,35%). O intervalo das estimativas ia de 0,22% a 0,48%. A percepção é de que o indicador não altera a aposta de manutenção de Selic estável em 6,50% este ano.

Após esse indicador, a Guide Investimentos calculou que o indicador de difusão do IPCA-15 de fevereiro desacelerou para 59,02% em relação ao dado de 62,57% apurado em janeiro. O índice de difusão mede o quanto a alta de preços está espalhada na economia.

Às 9h54, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 subia a 6,420%, ante 6,415% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2021 exibia 7,11%, de 7,07% no ajuste anterior, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 estava em 8,25%, de 8,18% no ajuste anterior. Já o DI para janeiro de 2025 marcava 8,78%, de 8,72% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista subia 0,29%, a R$ 3,7428. O dólar futuro para março avançava 0,46%, a R$ 3,7440.

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