Os juros futuros se sustentam em alta firme desde a abertura, pressionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto com alta de 0,87%, acima do teto das estimativas (0,96%) e pelo clima turbulento em Brasília diante das ameaças do presidente da República, Jair Bolsonaro, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Em reunião com seus ministros, o presidente indicou ontem que pretende seguir pressionando politicamente o Supremo e o ministro Alexandre de Moraes.

A liberação da principais vias federais pelos caminhoneiros, atendendo a pedido de Bolsonaro, e a divulgação antecipada dos lotes do leilão de hoje pelo Tesouro, além da queda do dólar ante o real são fatores para atenuar a pressão, mas não impedem um avanço quase 30 pontos-base nos curtos e de 20 pontos-base nos longos.

Às 9h55, a taxa do contrato de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia para 10,74%, de 10,54% no ajuste de ontem.

O DI para janeiro de 2023 subia para 9,14%, de 8,79%, e para janeiro de 2022 exibia taxa de 7,27%, de 6,98% no ajuste anterior.