Os juros futuros oscilam perto da estabilidade em meio à volatilidade do dólar ante o real. A reforma da Previdência segue no foco do investidor, em meio a expectativas de que o presidente Jair Bolsonaro poderá fechar um texto final da proposta ainda nesta quinta-feira, 14, em reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes (15h00). No fim da manhã, é esperado também o leilão do Tesouro de venda de LTN E NTN-F (11h30).

Na quarta, as taxas futuras fecharam em queda, refletindo o fraco desempenho das vendas no varejo e a sinalização do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, de que um corte da Selic este ano não pode ser descartado. Com isso, a curva de juro a termo passou a apontar de 10% a 15% de chance de corte da Selic nas reuniões do Copom em maio e junho, segundo cálculos do Haitong Banco.

Em entrevista na quarta, o presidente Jair Bolsonaro garantiu que baterá o martelo nesta quinta sobre a proposta de reforma da Previdência a ser enviada ao Congresso. “Lógico que haverá consenso (sobre a idade mínima) (…) a grande dúvida na idade é se passaria para 62 ou 65 (anos) para homens e para mulheres, para 57 ou 60 (anos). Isso será decidido amanhã”, declarou, em entrevista ao Jornal da Record, horas depois de ter tido alta hospitalar.

Bolsonaro reiterou que todas as categorias precisarão abrir mão para que a reforma previdenciária seja efetiva. “Pode ter certeza que o que for colocado aos militares das Forças Armadas será colocado de forma parecida a policiais estaduais, bombeiros e policiais civis. Será parecida a proposta que chegará à Câmara em um segundo tempo”, disse.

No radar deve ficar o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, por seu suposto envolvimento em esquema de candidatura laranja do PSL na última eleição. Bolsonaro disse que se as acusações forem comprovadas o destino de Bebianno será “voltar às suas origens”. O ministro, por sua vez, disse à GloboNews que não pedirá demissão.

Mais cedo, o IBGE divulgou uma queda de 0,1% no setor de serviços em 2018, pelo quarto ano consecutivo. Nos quatro anos de resultados negativos, o setor de serviços acumula uma perda de 11,1%. Em 2017, o volume de serviços prestados encolheu 2,8%; em 2016, -5,0%; em 2015, -3,6%. O último avanço ocorreu em 2014, quando os serviços tinham crescido 2,5%.

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Às 9h55, o DI para janeiro de 2020 estava em 6,420%, ante 6,415% do ajuste anterior. O DI para janeiro de 2021 caía a 7,02%, de 7,06% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 estava em 8,17%, de 8,18%do ajuste anterior. E o DI para janeiro de 2025 cedia a 8,71, de 8,72% do ajuste anterior. No câmbio, o dólar à vista subia 0,18%, a R$ 3,760. O dólar futuro para março ganhava 0,11%%, a R$ 3,7625.


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