As taxas de juros negociadas no mercado futuro abriram em baixa na manhã desta quinta-feira, 29, dando continuidade à tendência verificada ontem. O recuo reflete o ambiente moderadamente positivo no exterior, somado ao noticiário doméstico mais animador na questão fiscal.

Na quarta-feira, a curva a termo já havia mostrado alívio com indicativos melhores no campo fiscal, com a perspectiva da não renovação da desoneração sobre os combustíveis, que terá impacto positivo de US$ 50 bilhões, além da informação do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado)de que o Congresso quer usar uma proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, para definir o futuro arcabouço fiscal do País já no começo do próximo ano. Em um ambiente de menor aversão ao risco, o dólar opera em baixa, o que também favorece a queda das taxas.

E o dia começou com a divulgação do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), que teve alta de 0,45% em dezembro, após avanço de 0,56% em novembro, conforme informou a Fundação Getulio Vargas.

O resultado ficou abaixo da mediana da pesquisa Projeções Broadcast, que indicava alta de 0,58% para o indicador, com estimativas entre 0,25% e 0,99%. Com o resultado de dezembro, a inflação acumulada pelo IGP-M em 2022 foi de 5,45%. Em 2021, o indicador fechou o ano em 17,78%.

Às 9h56, a taxa do contrato de Depósito Interfianceiro (DI) para janeiro de 2024 tinha taxa de 13,34%, contra 13,43% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2025 tinha taxa de 12,58%, ante 12,71%. Na ponta longa da curva, a taxa do DI para janeiro de 2027 estava em 12,55%, de 12,67% no ajuste anterior.