Os juros futuros operam em alta firme na manhã desta quarta-feira, 4, em sintonia com o dólar forte e precificando a aversão ao risco no exterior, diante dos temores de uma guerra comercial entre os Estados Unidos e a China – e também, segundo operadores, pela incerteza sobre o desfecho do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Supremo Tribunal Federal, que começa à tarde. As taxas futuras abriram com elevação de 10 pontos-base.

Os riscos de uma guerra comercial aumentam, após a China anunciar retaliações contra a importação de mais de cem produtos dos Estados Unidos. Mais cedo, o presidente americano, Donald Trump, afirmou que o país não está em uma “guerra comercial” com a China.

Segundo ele, porém, a “incompetência” de governos americanos passados fez com que seu país tenha um déficit bilionário com a potência asiática. “Agora temos um déficit comercial de US$ 500 bilhões por ano, com roubo de propriedade intelectual de outros US$ 300 bilhões. Isso não pode continuar!”.

A China anunciou nesta quarta retaliações contra mais de 100 produtos americanos, entre eles soja e aviões. A medida foi uma retaliação à promessa de Trump de impor barreiras em produtos avaliados em US$ 50 bilhões, numa lista que inclui 1,3 mil itens, principalmente no setor de alta tecnologia. Essas tarifas dos EUA foram anunciadas tendo como argumento o roubo de propriedade intelectual pelos chineses.

Às 9h33, o DI para janeiro de 2019 subia a 6,260%, de 6,234% no ajuste de terça-feira, 3. O DI para janeiro de 2020 avançava a 7,13%, após subir até 7,17% na máxima, de 7,09%, enquanto o vencimento para janeiro de 2021 subia 8,15, ante máxima de 8,19%, de 8,08% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2023 exibia 9,18%, de 9,08% no ajuste de ontem. No câmbio, o dólar à vista subia 0,56% neste mesmo horário, aos R$ 3,3577, enquanto o dólar futuro para maio ganhava 0,48%, aos 3,3640.