Os juros futuros fecharam com viés de alta nesta quarta-feira, 4, nos vencimentos curtos e com avanço mais firme nos contratos mais longos. Vale observar que, apesar da alta, as taxas finalizaram a sessão regular longe das máximas intraday, observadas no turno da manhã.

Segundo agentes do mercado de renda fixa, os negócios travaram assim que começou o julgamento do pedido de habeas do corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Supremo Tribunal Federal (STF). Os oito profissionais do mercado contatados pela reportagem do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, assistiam aos votos dos ministros.

Depois de diminuírem risco de suas carteiras reduzindo, principalmente, posição na ponta longa da curva de juros no turno da manhã, os investidores decidiram esperar novidades vindas do Supremo. “O problema é que o deferimento do pedido de Lula traz uma incerteza sobre as instituições e as normas do País”, diz um profissional. “Se o STF volta atrás na questão da prisão de condenado em segunda instância e decide deixar o Lula livre, por que não pode vir a acontecer alguma mudança na lei da ficha suja?”, questiona outro profissional do segmento.

Em meio a esse impasse, as taxas dos contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) encerraram a sessão regular da seguinte forma: o DI para janeiro de 2021 ficou em 8,120% ante 8,082% no ajuste de ontem. Na máxima intraday, chegou a 8,190%. O DI para janeiro de 2019 fechou a 6,250% ante 6,234% no ajuste de ontem. Na máxima intraday, chegou a 6,270%. O DI para janeiro de 2023 ficou em 9,150% ante 9,082% e ante 9,220% na máxima do dia.