Após uma manhã em alta, os juros futuros inverteram o sinal positivo na tarde desta quinta-feira, 19, e encerraram o dia em baixa, a maioria nas mínimas. Ao término da negociação regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro marcava 13,670%, de 13,685% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2018 fechou na mínima de 12,77%, de 12,86% no ajuste de ontem. Também na mínima, o DI janeiro de 2019 encerrou em 12,55%, de 12,64% no ajuste de ontem. O DI janeiro de 2021 caiu de 12,62% para 12,52% (mínima).

Operadores afirmam que, com a alta dos últimos dias, as taxas chegaram a níveis interessantes para os aplicadores e, por isso, a realização de lucros perdeu força. Pela manhã, as taxas subiam, dando sequência ao movimento visto ontem, quando a ata do Federal Reserve (Fed) recolocou na mesa as apostas de alta das taxas dos Fed Funds no encontro de política monetária no curto prazo. Também pesaram na trajetória ascendente o avanço do dólar e o leilão de títulos públicos prefixados, que normalmente pressiona os contratos de DI por causa das operações casadas contra o risco dos papéis.

Nesta quinta-feira, o conteúdo da ata ganhou reforço do discurso do presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley. “Se estou convencido de que minha previsão está nos trilhos, então penso que um aperto neste verão, no intervalo entre junho e julho, é uma expectativa razoável”, afirmou, em resposta a repórteres, em entrevista coletiva. Dudley disse estar “satisfeito” com o fato de que os mercados financeiros têm visto maior chance de uma alta nos juros, porque pensava que os investidores e operadores estavam subestimando a possibilidade de uma elevação de juros neste ano.

Passado o leilão, as taxas zeraram o avanço, passaram a cair e a renovar mínimas à tarde, o que coincidiu com uma melhora nos ativos externos, principalmente redução da queda do petróleo e das perdas nas bolsas norte-americanas. Do mesmo modo, o dólar perdeu força e atingiu as mínimas ante o real. Perto das 16h30, era negociado no mercado à vista em R$ 3,5715 (+0,33%).


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