Os juros futuros de médio e longo prazos zeraram a queda moderada vista pela manhã e terminaram a sessão regular do segmento BM&F nesta quarta-feira, 5, entre a estabilidade e um viés de alta, nas máximas. O movimento ocorreu após a divulgação da ata do Federal Reserve, na medida em que o rendimento dos Treasuries também acelerava o avanço, e dos números trazidos pelo Placar da Previdência, pesquisa realizada pelo Grupo Estado sobre a intenção de votos dos deputados na reforma da Previdência, segundo a qual 240 parlamentares são contra a proposta.

Os contratos curtos, no entanto, fecharam a quarta-feira em baixa, diante da correção feita pelo Banco Central nas projeções de IPCA de 2017 e 2018 do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), segundo operadores. No cenário de referência – aquele com juros e câmbio constantes, a projeção para a inflação em 2017 passou de 3,9% para 3,6% e para 2018, de 4% para 3,3% – bem perto do piso da meta de inflação de 3%.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 (174.150 contratos) fechou em 9,765%, de 9,805% no ajuste de ontem. A taxa do DI janeiro de 2019 (118.790 contratos) encerrou na máxima de 9,44%, estável ante o ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2021 (99.945 contratos) também encerrou na máxima, de 9,85%, de 9,81%, e a do DI janeiro de 2023 (26.700 contratos) subiu de 10,01% para 10,07% (máxima).

Na ata, os dirigentes do Fed concordaram, em sua reunião de política monetária de março, em começar a diminuir o balanço patrimonial da instituição, de US$ 4,5 trilhões em títulos do Tesouro e títulos hipotecários, no fim deste ano, ao mesmo tempo em que se mostraram divididos sobre deixar a inflação continuar a subir.

Já o Placar da Previdência mostrou que, se a votação fosse hoje, nem uma proposta com regras mais brandas para a aposentadoria e pensões seria aprovada. Além dos 240 parlamentares contrários, 96 se disseram a favor e quatro devem se abster. Outros 52 não quiserem responder e 32 se declararam indecisos.