A aposta na melhora das expectativas de inflação em direção ao centro da meta de 4,5%, ou até abaixo dela, e também para a Selic, a serem trazidas na pesquisa Focus que o Banco Central publica na segunda-feira abriu espaço para a queda dos juros futuros. A sexta-feira, 10, foi marcada por revisões para baixo nas projeções, divulgadas por algumas instituições financeiras. O movimento de baixa foi endossado ainda pelo recuo da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) e do dólar ante o real e atingiu não somente os contratos de curto prazo, mas também os longos, mesmo com o aumento do rendimento da taxa dos Treasuries.

Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 fechou com taxa de 10,665%, de 10,715% no ajuste anterior, e o DI janeiro de 2019 fechou com taxa de 10,09%, de 10,14%. A taxa do DI janeiro de 2021 caiu de 10,31% para 10,26%.

A queda da inflação atestada pelos recentes índices de preços, sobretudo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro de 0,38%, e o comportamento favorável do câmbio têm levado o mercado a rever suas estimativas para o IPCA e para a Selic, como foi nesta sexta o caso do Itaú Unibanco, que alterou sua projeção para o índice este ano de 4,7% para 4,4%, portanto, abaixo da meta central de 4,5%. Para 2018, foi de 4,0% para 3,8%. A expectativa de Selic em 2017 passou de 9,75% para 9,25% e para 2018, de 8,50% para 8,25%.

Logo cedo, a Fipe informou que o IPC da primeira quadrissemana de fevereiro desacelerou a alta para 0,18%, de 0,32% no fechamento de janeiro. O dólar esteve em baixa ao longo da sessão e marcava R$ 3,1126 no segmento à vista, recuo de 0,47%, pouco depois das 16 horas.