Em dia de liquidez bastante limitada, os juros futuros fecharam perto da estabilidade, à medida que os investidores aguardam os dados de inflação que serão conhecidos ao longo da semana. A alta do dólar ante o real impulsionou marginalmente a curva no trecho mais longo. O mercado observou ainda as projeções de Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 2020, que tiveram ajuste de baixa.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 terminou a sessão regular e a estendida em 4,420%, mesma taxa do ajuste de sexta-feira, 17. O janeiro 2025 foi de 6,380% para 6,390% (regular) e voltou a 6,380% (estendida). E o janeiro 2027 passou de 6,750% para 6,770% (regular) e 6,780% (estendida, na máxima).

O DI para janeiro de 2023 recuou de 5,670% para 5,660% (regular e estendida). O volume total negociado foi de 79.975 contratos, o mais baixo desde 30 de dezembro (76,8 mil).

Além do baixo volume de negócios e da subida do dólar à vista a R$ 4,1887 (+0,58%), a agenda econômica doméstica também foi fraca hoje. Na semana, o destaque é o IPCA-15 de janeiro, na quinta-feira. Amanhã é divulgada a segunda prévia do IGP-M do mês. Os investidores devem acompanhar ainda as falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

“Sem Nova York, o mercado ficou em stand-by, esperando pelo noticiário”, afirmou o economista-chefe da Necton Investimentos, André Perfeito. “De resto, o que tinha potencial de mexer com o mercado era o Focus, mas não trouxe nenhum elemento novo que pudesse alterar as perspectivas.”

O relatório Focus, divulgado antes da abertura do mercado, mostrou que a Selic no fim do ano seguiu em 4,50% ao ano.

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No grupo dos analistas que mais acertam as projeções (Top 5) de médio prazo no Focus, a mediana da taxa básica em 2020 seguiu em 4,25% ao ano, igual a um mês antes. No caso de 2021, permaneceu em 6,25% ao ano, ante 6,50% de quatro semanas atrás.


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