Os juros futuros encerraram a sessão desta terça-feira, 5, praticamente de lado, com viés de queda em alguns contratos, anulando o movimento de alta da parte da manhã. Segundo profissionais do mercado de renda fixa, os negócios foram conduzidos mais uma vez pelo cenário político, em um dia sem grandes surpresas ou inflexões e agenda macroeconômica bastante fraca. As taxas também foram influenciadas pelo dólar na primeira parte dos negócios, que sobe ante o real e perante várias divisas ligadas a commodities ou a economias em desenvolvimento.

A respeito do cenário político, os profissionais do mercado de renda fixa afirmaram que a incerteza quanto à evolução do processo de impeachment na Câmara dos Deputados e do processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) tem aumentado a dúvida sobre o futuro do governo petista, assim como sobre a condução do País. A notícia sobre a convocação da reunião do PP amanhã chegou a dar força para a tese do impedimento e, consequentemente, foi importante para conduzir as taxas para as mínimas, por volta das 14h30, segundo um gestor de renda fixa.

Sobre o processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, a ex-presidenciável Marina Silva lançou, nesta terça-feira, uma campanha de defesa de novas eleições diretas no Brasil. O partido de Marina entregará hoje uma petição para reforçar o processo no TSE.

Ao término da negociação regular, o DI com vencimento em janeiro de 2017 projetava 13,800%, de 13,805% no ajuste da segunda-feira. O DI para janeiro de 2018 caía de 13,660% para 13,620%. Nos longos, o contrato para janeiro de 2019 encerrou em 13,82%, de 13,86% no último ajuste, e o contrato para janeiro de 2021 indicava 13,99%, vindo de 13,98% no ajuste anterior.