Juros dos Treasuries operam em alta com Trump no radar e após dados dos EUA

Os rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos operavam em alta no fim da tarde desta quinta-feira. Os juros, que firmaram alta logo após dados dos EUA, aceleraram ganhos depois que o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou mudanças em sua administração e ameaçou mais sanções contra o Irã e qualquer país que comprar petróleo iraniano, além de rumores sobre possível divulgação do orçamento fiscal pelo republicano amanhã.

Por volta das 17h (horário de Brasília), o juro da T-note de 2 anos subia a 3,698% e o rendimento da T-note de 10 anos avançava para 4,216%, enquanto o T-Bond de 30 anos ganhava para 4,724%.

No início da manhã de hoje, o BMO Capital Markets analisou que informações de que a Casa Branca foi contatada pela China, em um esforço para abrir as negociações comerciais, foram vistos como um ponto positivo para os ativos de risco e contribuíram para a queda dos rendimentos dos Treasuries.

No mesmo sentido, de acordo com o Swissquote Bank, os rendimentos dos títulos americanos de curto prazo eram puxados para baixo, à medida que os investidores esperam cada vez mais cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed). “A queda nos rendimentos dos títulos de 2 anos dos EUA sugere que parte da recuperação das ações está sendo impulsionada pelas crescentes expectativas de cortes mais profundos do Fed”, escreveu. Em entrevista à Fox News, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, apoiou uma redução dos juros pelo BC americano.

Após Trump reiterar que os compradores da petróleo do Irã estão sujeitos a sanções secundárias e que o então conselheiro de Segurança Nacional americano, Mike Waltz, será o próximo embaixador do país na Organização das Nações Unidas (ONU), os juros dispararam ainda mais a alta. Ainda, a Axios revelou que o republicano deve divulgar amanhã orçamento fiscal. Mais cedo, o conselheiro econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que serão analisadas todas as políticas, incluindo tarifas, ao fazer orçamento.

Indicadores americanos de indústria, construção e pedidos de auxílio-desemprego também estiveram no radar, na véspera do payroll.

*Com informações da Dow Jones Newswires