Os juros futuros fecharam a sessão regular desta quinta-feira, 15, em queda nos vencimentos de curto e médio prazos, enquanto os vértices longos terminaram estáveis. A reação do mercado à ata do Comitê de Política Monetária (Copom) continuou dominando os negócios no período da tarde e serviu de anteparo para as taxas ao aumento da pressão no câmbio.

O dólar ampliou os ganhos ante o real e renovou máximas na última hora, refletindo uma correção da forte queda de quarta-feira, que, por sua vez, vem atraindo fluxo de compra de importadores.

O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2019 encerrou com taxa de 6,655%, ante 6,690% no ajuste anterior, e o DI para janeiro de 2020 fechou com taxa de 7,83%, de 7,89% no ajuste anterior. A taxa do DI para janeiro de 2021 caiu de 8,76% para 8,72%. O DI para janeiro de 2023 terminou com taxa de 9,53%, de 9,54%.

O alívio de prêmios na curva a termo foi atribuído principalmente à leitura da ata, na medida em que abriu um pouco mais a fresta deixada pelo comunicado para uma eventual nova redução da Selic na reunião de março. O mercado, no entanto, segue dando maior probabilidade para a manutenção da taxa básica atual patamar de 6,75%.

“A ata, mais ‘dovish’ (leve), deixou flexibilidade suficiente para um corte, que vai depender das próximas leituras de inflação. E isso tem feito preço na parte mais curta da curva desde cedo”, disse o economista Ignácio Crespo, da Guide Investimentos. Em consequência do alívio na parte curta por causa da ata, os juros longos ficaram mais perto da estabilidade.

Nos demais ativos, às 16h23, o dólar à vista subia 0,42%, aos R$ 3,2344, na contramão da tendência de queda que prevalece no exterior.

A movimentação em torno da reforma da Previdência é acompanhada pelo mercado, mas não chega a fazer preço nesta quinta-feira. No período da tarde, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (MDB-RR), disse que a situação tem que se definir” para que outras matérias possam ser apreciadas.

Jucá ponderou que torce para que a reforma seja aprovada na Câmara, mas que a matéria está “fora dos seus poderes” e que a discussão sobre o tema deve ser comandada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).