Os juros futuros confirmaram, no fechamento da sessão regular, o sinal de baixa nos contratos de curto e médio prazo, enquanto os vencimentos longos encerraram estáveis, após exibirem viés de alta em boa parte do dia. A sessão teve volume bastante fraco, o que foi atribuído ao feriado do Dia do Veterano nos Estados Unidos, motivo pelo qual não funciona o mercado de Treasuries nesta segunda-feira, 12.

A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2020 fechou na mínima de 7,06%, ante 7,120% no ajuste de sexta-feira, e a do DI para janeiro de 2021 passou de 8,16% para 8,14%. A taxa do DI para janeiro de 2023 fechou estável em 9,47% e a do DI para janeiro de 2025 encerrou em 10,08%, de 10,070%.

A melhora nas expectativas para a inflação neste e no próximo ano, traduzida no preço dos ativos financeiros e nas projeções da pesquisa Focus, respondeu pelo alívio nos contratos de prazo curto e intermediário. Já os longos traduziram algum risco político para a realização das reformas após a aprovação, pelo Senado na semana passada, de medidas de ampliação do gasto fiscal, na contramão da necessidade de ajuste defendida pela nova equipe econômica.

Os senadores aprovaram aumento salarial de 16,38% para servidores do Judiciário e também medidas de incentivo para o setor automobilístico (Rota 2030).

Porém, a informação de que o ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy aceitou o convite do futuro superministro da Economia, Paulo Guedes, para ser presidente do BNDES no novo governo, no período da tarde amenizou as pressões da ponta longa já no fechamento.

A ideia é bem recebida, pois o fato de Levy ter tentado tocar o ajuste fiscal em 2015 é uma sinalização de que o banco de fomento vai trabalhar em linha com outras pastas para avançar com o equilíbrio das contas públicas.

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Os gestores e economistas enfatizam que Levy já conhece bem as engrenagens de Brasília e sabe o que precisa ser feito. Além disso, estudou em Chicago, a mesma escola onde Paulo Guedes fez seu doutorado.


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