A taxa média de juros no crédito livre subiu de 52,1% ao ano em abril para 52,3% ao ano em maio, conforme informou nesta segunda-feira, 27, o Banco Central. Em maio de 2015, essa taxa estava em 42,6% ao ano. Para pessoa física, a taxa média de juros no crédito livre passou de 71,0% ao ano para 71,7% ao ano, de abril para maio, enquanto a para pessoa jurídica, caiu de 31,1% ao ano para 30,6% ao ano no mesmo período.

Entre as principais linhas de crédito livre para a pessoa física, destaque para o cheque especial, cuja taxa avançou de 308,7% ao ano para 311,3% ao ano na mesma comparação. Com isso, o patamar de juros cobrados nesse tipo de empréstimo continua como o maior da série iniciada em julho de 1994. Para o crédito pessoal, recuou de 29,7% ao ano para 29,6% ao ano.

Para veículos, os juros caíram de 26,8% ao ano para 26,3% ao ano de abril para maio. Em maio de 2015, a taxa estava em 24,8%. A baixa no mês foi de 0,5 ponto porcentual (pp). Em 12 meses, a taxa apresenta alta de 1,5 pp e, no ano, de 0,3 pp.

A taxa média de juros no crédito total, que inclui também as operações direcionadas, acelerou de 32,5% ao ano em abril para 32,7% ao ano em maio. No quinto mês de 2015 estava em 27,1%.

Spread médio

O spread bancário médio no crédito livre subiu de 38,9 pontos porcentuais em abril para 39,7 pp em maio, conforme o Banco Central. O spread médio da pessoa física no crédito livre passou de 57,5 pp para 58,7 pp na comparação mensal. Para pessoa jurídica, o spread médio avançou de 18,3 pp para 18,5 pp no período.

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O spread médio do crédito direcionado passou de 3,9 pp de abril para 4,2 pp em maio. O spread médio no crédito total (livre + direcionado) aumentou de 22,4 pp para 22,8 pp no período.

O BC informou também que a taxa de captação dos bancos no crédito livre caiu de 13,2% ao ano em abril para 12,6% no mês passado. Em maio de 2015, estava 12,7%.

Média diária

A média diária de concessões de crédito livre subiu 1,1% em maio em relação a abril, para R$ 12,3 bilhões, de acordo com informações divulgadas pelo Banco Central. No crédito direcionado, a média recuou 7,3% na comparação mensal. Esse montante do crédito direcionado somou R$ 1,3 bilhão no mês passado. Em maio de 2015, era de R$ 13,4 bilhões no caso de recursos livres e R$ 1,7 bilhão, no de direcionado.

No acumulado dos primeiros cinco meses do ano, a baixa é de 7,5% para os recursos livres e de 26,6% para o financiamento direcionado. Em 12 meses encerrados em maio, as taxas são de, respectivamente, -3,5% e -21,1%.

Quando se junta o crédito livre mais o direcionado, a alta é de 0,3% em maio ante abril, num total de R$ 13,6 bilhões. A média diária em maio de 2015 era de R$ 15,1 bilhões. No acumulado do ano, a baixa é de 9,7% e, em 12 meses até maio, de 5,9%.

Inadimplência

A taxa de inadimplência no crédito livre ficou em 5,9% em maio ante 5,7% do mês anterior, segundo o BC. Em maio de 2015, a taxa estava em 4,7%. Para pessoa física, a taxa de inadimplência passou de 6,2% para 6,3% na comparação mensal. Em maio de 2015 estava em 5,4%. Para as empresas, subiu de 5,1% para 5,4% de um mês para o outro.

A inadimplência do crédito direcionado passou de 1,6% de abril para 1,7% em maio. O dado que considera crédito livre e direcionado mostra inadimplência de 3,8% em maio, contra 3,7% em abril. Um ano antes, a taxa estava em 3,5%.

No cheque especial, o volume de calotes aumentou. Estava em 14,5% em abril e passou para 14,9% em maio.

No caso de aquisição de veículos, o volume de calote subiu de 4,5% em abril para 4,7% em maio. No encerramento de 2015, estava em 4,2%. Já no cartão de crédito, avançou de 8,3% para 8,4% de abril para maio.



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