A 4ª Vara do Júri do Fórum Criminal Ministro Mário Guimarães condenou o policial militar Guilherme Cardoso Garcia a 13 anos e seis meses de prisão por matar a tiros Iago Gomes Cunha, de 23 anos, após discussão por causa de uma taxa de R$ 5 para acesso a uma tabacaria em Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital paulista.

O Conselho de Sentença reconheceu autoria e materialidade delitiva do PM em relação ao crime de homicídio qualificado, por motivo fútil. Garcia não poderá apelar em liberdade. As informações foram divulgadas pela corte paulista e pela promotoria.

A decisão foi proferida na segunda-feira, 25, ocasião em que foi analisada denúncia apresentada contra Garcia pelo promotor Fábio Rodrigues Goulart. A peça relatou que Cunha teria ido a uma tabacaria com amigos, quando foi abordado por Garcia, que já havia trabalhado como segurança particular do estabelecimento.

Segundo a acusação, durante briga envolvendo a taxa de R$ 5 para permanência na tabacaria, o PM que estava fora de serviço sacou a arma que carregava e disparou contra o jovem.

“O denunciado decidiu matar a vítima tão somente em razão de desentendimento banal surgido naquela oportunidade, originado a partir da ordem dada à vítima e aos amigos para que deixassem a tabacaria”, diz a peça.

Ao analisar o caso, o juiz Leonardo Valente Barreiros sinalizou que Cunha tinha um “passado incólume” e foi morto a tiros de uma arma pertencente à Polícia Militar do Estado de São Paulo, “com munição custeada pelo erário público, através de impostos arduamente recolhidos pela população paulista”. “Vale dizer que a vítima foi morta por instrumento do Estado que deveria servir para protegê-la, e não vulnerá-la, como infelizmente aconteceu”, destacou.

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